domingo, 12 de fevereiro de 2012

20/07/11 - 00h45


Eu gostaria de dedicar este post à minha querida avó Dirce que faleceu ontem às 10h da manhã. Eu tenho inúmeras histórias engraçadas pra contar dela, como a do dia em que eu quase decepei o dedo da véia quando eu tinha uns 6 anos, a história do cabo de vassoura com dois preguinhos que ela usou pra botar pra correr o traficante do bairro que ficava me aporrinhando nessa mesma idade, a história da minha overdose que ela ficou com medo de contar pra minha mãe e eu receber uma bronca... enfim, são tantas histórias que ninguém quer ouvir, mas que de uma forma ou de outra, ajudaram a moldar meu caráter. Eu falei com Dona Dirce algumas horas antes dela ir pro segundo plano, e ela me disse: "Vitarugo (Vicktor Hugo), eu tô aqui com a sua mãe na casa dela, a gente chegou agora do Dinho (um mercado do bairro dela)... a gente comprou aquela tesoura e vou reformar as roupas agora, viu? Beijo.", ela estava no leito da sala de emergência, já mais pra lá do que pra cá, mas este foi o papo mais importante que tive este ano.
Véia Dirce, o Bob te ama.
Um até breve do seu neto, Vitarugo.

ps: manera na cerveja que eu tô te olhando, viu?

29/07/11 - 1h38


De repente eu acho que esperava outra coisa. Eu nunca gostei muito de surpresas, mas aquilo pra mim, naquele momento em si, fez toda a diferença.
"A gente se fala" quando na verdade eu só queria dizer "Bom dia" denovo e mais uma vez.

É 1h39m... a noite será longa.
Eu só queria poder voltar pra casa, acender um bom cigarro, pegar meu velho Gianini e começar tudo outra vez...

25/11/11 - 17h18


Ainda não estou confortável para falar a respeito, mas posso dizer... esta é a maior barra que já passei. Sempre tive o corpo perfeito... livre de doenças. Com minha cabeça não é bem assim... ela sempre esteve confusa e buscando a lógica de tudo. Hoje minha cabeça leva meu corpo à doença. Já comecei o tratamento e me sinto, nestes dois dias, bem melhor. Infelizmente não melhorou muito meu ânimo, afinal, saber que você tem uma bomba relógio dentro de você não é muito legal.
Eu fico aqui pensando em tantas coisas que poderiam ter acontecido se eu simplesmente não tivesse ido ao médico naquele dia.
Hora pra comer, cardápio diferenciado, exercícios, nada de cerveja, refrigerante, bolo, doce, gordura... ter diabetes não é fácil. Ainda mais quando na sua primeira consulta ela está em 569.
E quando me perguntavam o que eu tinha eu dizia "nada... só estou um pouco cansado"... e eu estava perdendo peso por causa do meu regime, e esta tontura e cansaço é por causa do calor... a sede? Bem... o calor está de matar, não? 
Assim que eu estiver melhor, volto a escrever.

22/12/12 - 21h45

Estou chegando do Centro da cidade agora... a mãe do meu filho me ligou de tarde dizendo que ele estava chorando, que queria me ver e tudo... ela tentou explicar pra ele que eu não estava bem, mas ele insistiu. Minha mãe o buscou e o levei, junto a meu irmão caçula, pra verem o Papai Noel...A cidade estava uma loucura... gente que não acaba mais, inúmeros casais, idosos, cadeirantes, gente, muita gente. E ali estávamos nós quando no rádio começou a tocar uma daquelas músicas que eu disse que são cafonas, mas que representam alguma coisa... era "Me Adora"... na verdade, eu só percebi que estava tocando quando meu filho disse: "pai, você já tá melhor, né? Tá cantando..."... foi legal ouvir isso... e foi legal por um curto momento eu viver novamente 2 anos maravilhosos, onde não havia doença, nem dinheiro, nem preocupação, mas eu tinha muito amor e alguém que cantava isso bem baixinho e eu fingia que não ouvia. Só hoje entendo o que a letra da música está dizendo...

22/12/11 - 22h38


2009


2010
2011

2012


24/12/11 - 19h50

Ok, por hoje chega... um Feliz Natal e aquele negócio todo, vou cair na cama e ler meu livro, e rezar pra tudo isso acabar logo.

28/12/11 - 23h17

Embora eu seja hiper bem tratado aqui na casa de meu pai, sendo paparicado por minhas irmãs e tenha conseguido pela primeira vez chegar a casa dos dois dígitos, alguma coisa me chama de volta... nem mesmo o mar me faz esquecer... nem por um segundo. Hoje caiu uma tempestade aqui... eu estava como sempre naquele pequeno píer, meu lugar preferido na cidade, e me bateu uma tristeza tão grande... Eu sei que inúmeros problemas e soluções me esperam lá em cima, sei que um ano maravilhoso me espera, sei que há pessoas que me amam lá, mas não quer dizer nada, porque embora eu tenha tudo isso e muito mais, a única peça que me falta é a fundamental. Eu queria que tudo fosse diferente...